terça-feira, 17 de junho de 2008

Joseph K?



Caos FM é uma freqüência paralela. Pesada e explícita em suas preocupações. É nesse tom que o Joseph K? (Fortaleza/Ce) lança seu primeiro disco cheio, após cinco anos de estrada no circuito independente. Caos... traz 10 faixas produzidas por Talles Lucena e Anderson Foca. O lançamento é uma parceria entre os selos Panela Discos (CE) e DoSol Records (RN). A banda assume o formato virtual e o suporte físico torna-se cartão de visitas: todas as músicas estão disponíveis para baixar em http://www.josephk.com.br/.
Cinco músicas de Caos FM já circulam pela Internet desde o início do ano. Força da Vontade Blues, Calourada, Meu Rock`n`Roll, A Dança, mais a faixa-título anteciparam o que conduz a banda: rock clássico, pesado, acompanhado de letras explícitas e carregadas de ironia, indignação. Um texto provocativo, entre perguntas e alvos certos, assinado por Talles Lucena (guitarra e voz), que também cuida das composições. Johnny (baixo) e Rildney (bateria) completam o Joseph K?
De 2003 até cá, a banda esteve nos festivais DoSol (RN), Ponto.Ce (CE), Panela Rock (CE) e Soma (CE). Os EPs Sobre o Amor e Outros Excessos (2005) e De Cabeça Para Baixo (2007) puseram o grupo na estrada, ainda entre festivais e shows por São Paulo, Goiás, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Minas Gerais.
Com o novo material lançado, o Joseph K? segue carreira com todos os pingos nos is e sem mais delongas. A primeira leva de cinco faixas marcou o show de lançamento no projeto Noise 3D, logo que começou o ano. Calourada já rendeu o primeiro clipe, recém-lançado e disponível no You Tube. Para o trio, Caos FM é o seu espaço mais coeso: Talles & Cia se encontram e soltam o pé em um disco porrada, bem resolvido de guitarras, baixo, bateria e provocações.


Moço Velho



Nascida em dezembro de 2006 e formada por 3 ex-integrantes da 69% Love (banda importante na cena local de Fortaleza), a banda Moço Velho aposta em uma proposta diferente: unir a influência de sonoridades setentistas e melancólicas de ídolos nacionais desse período como Roberto Carlos e Márcio Greyck aos sons atuais do pop britânico como Radiohead, Keane, Travis e Muse.As letras remetem a um pessimismo nostálgico e o som nega a presença de bateria tradicional, apostando em samplers eletrônicos. Com essa formação pouco ortodoxa, o trio aos poucos começou a se firmar dentro da cena alternativa da cidade tocando em algumas casas de show importantes e participando de alguns eventos culturais.



O Garfo



Brasileiro, até que provem o contrário. Música transgênica. Stoner-pop, Post-eletro, Pré-future?! Enfim, qualquer coisa dessas serve para quem se preocupa em enquadrar sonoridades e arrisque definir O Garfo. Desde março de 2007, o trio de Fortaleza/CE concebe o que será A Cria de Frank Einstein, primeiro EP do grupo, com previsão de lançamento para 2008.

Com fotos de Natalia Kataoka, a identidade visual d..O Garfo traz um clima sóbrio e livre de certezas. Típico de uma banda de antecedentes distintos na música: Vitor Colares é guitarrista do Fossil e 2Fuzz; João Victor canta e toca guitarra no 2Fuzz; e Felipe Gurgel é ex-baixista do Café Colômbia. Entendeu? Nem precisa. Ouça que é mais simples.


Et Circensis




Desde sempre, pelo nome, eles carregam um pedacinho dos Mutantes, embora não seja exatamente essa a razão de ser. Para o Et Circensis é além disso. A banda de Fortaleza faz um apanhado dos primeiros passos no underground até composições mais recentes em Homônimo (2008), lançamento em CD que promove a estréia de um álbum oficial na discografia do grupo. E acompanha esses tempos: o disco todo está disponível para baixar na Internet, em www.piscesrecords.com.br – site do selo paulista Pisces Records, parceiro no lançamento. A produção é assinada por Fernando Catatau e Régis Damasceno, músicos do Cidadão Instigado. Referências prontamente distintas para quem transita no cenário independente e sabe do que são capazes além de arrancar elogios da crítica especializada por seus trabalhos. Com a bagagem de uma série de eventos na cena independente de Fortaleza, como o festival Ponto.Ce e o Grito Rock, o Et Circensis agora parte para ampliar a participação em festivais e outros espaços.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Festival Terral Nordeste

Terral é o vento que sopra da terra pro mar, em determinadas épocas do ano, simbolizando o partir, tão típico dos cearenses. Na carona desse simbolismo, o FESTIVAL TERRAL NORDESTE busca, através da itinerância pelas 9 capitais nordestinas, mostrar uma parte da excelente música alternativa feita no Ceará, um dos estados dessa região tão rica culturalmente.
Quatro representantes da nova música cearense – ET Circensis, Joseph K., O Garfo e Moço Velho – num circuito de show pelas capitais nordestinas apresentarão um espetáculo onde as 4 bandas fazem seus respectivos shows juntamente com uma banda convidada representando a cidade anfitriã, integrando essa àquela música, dentro de um só contexto.
As bandas têm seus estilos diversos, ratificando mais uma vez a pluralidade da arte musical nordestina, sem preocupação com rótulos e principalmente sem pré-conceitos.